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O Experimentar Na M'Incomoda

by Experimentar Na M'Incomoda

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    "O Experimentar Na M'Incomoda" é um projecto que mergulha no cancioneiro tradicional dos Açores para tentar criar canções com sensibilidade popular contemporânea e mais arrojada. Da responsabilidade de Pedro Lucas o projecto convidou com várias participações como Zeca Medeiros, Carlos Medeiros ou alguns músicos do projecto açoriano Bandarra.

    "O Experimentar Na M'Incomoda" is a contemporary recreation of azorean traditional music. Using ancient folk songs, religious chants and whaler's songs from one of the Portuguese archipelagos, lost in the middle of the Atlantic, we re-contextualize songs and sounds giving them a contemporary and urban feel.
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    "O Experimentar Na M'Incomoda" é o primeiro disco desde projecto que mergulha no cancioneiro tradicional dos Açores para tentar criar um disco de sensibilidades pop contemporâneas e mais arrojadas.

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1.
Nasce o linho dentro d´água Anda sempre regadinho Assim meus olhos com mágoa Parecem irmãos do linho. Gira que gira Fiando o linho Fuso de lira Gira mansinho. Linho fino espadelado Quem te me der a fiar Para camisas de noivado Para rendas do meu colar Gira que gira Fiando o linho Fuso de lira Gira mansinho. O linho verde branqueia Logo depois de corado O meu cantar não falseia Enquanto for desgarrado. Gira que gira Fiando o linho Fuso de lira Gira mansinho.
2.
Lenga Lenga 02:27
Estava eu nas minhas terras, ai Jesus! Muito bem descansadinho Quando me veio a notícia, ai Jesus! que meu pai tinha morrido Minha Mãe por nascer Peguei nos bois às costas, ai Jesus! E no arado a correr deitei-me por ali abaixo, ai Jesus! Encontrei um pessegueiro Carregado de melões Assubi-me a cima dele, ai Jesus! A comer minhas maçãs Quando lá vai dono dele, ai Jesus! Que fazes aí ladrão? Vou-te dar tantas pancadas, ai Jesus! Quantas pulgas tem um cão. Quando sai Maria Delgada, ai Jesus! Da cafuga dos leitães Uma porca com bezerros, ai Jesus! Uma vaca com leitães Uma cadela com pintos, ai Jesus! E uma galinha com cães.
3.
Ainda sinto os pés no terreiro Onde os meus avós bailavam o pézinho A bela Aurora e a Sapateia É que nas veias corre-me basalto negro E na lembrança vulcões e terramotos Por isso é que eu sou das ilhas de bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra Se no olhar trago a dolência das ondas O olhar é a doçura das lagoas É que trago a ternura das hortênsias No coração a ardência das caldeiras. Por isso é que eu sou das ilhas de bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra É que nas veias corre-me basalto negro No coração a ardência das caldeiras O mar imenso me enche a alma E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança. Autor: José Ferreira
4.
Rema 03:05
E eu remo, meu bem,tu remas. Ai estamos ambos a remar. E eu remo é para terra. Vai tu, meu bem, para o mar.
5.
Foliões 03:53
Ai, ó rapaz, tu toca, toca Mas toca mais devagar Que eu 'tou velho neste mundo Não 'tou sã' p'ra t'ensinar. Ai, mete-te à porta da sala Como faz qualquer vizinha Vejo que ninguém me fala Vou bater p'rá da cozinha Ai, pró Divino Espírito Santo (???) Ou ajudar as mordomas A peneirar na farinha Ai cantas uma, cantas duas Cantas três e cantas mais Ó rapaz eu cantei primeiro Do que tu cá em Rosais Ai canta rapaz p'la ru'abaixo Se não cantas, canto eu Eu não posso estar calado Foi o jeito que Deus me deu. Ai, eu já fiz um juramento Para nunca mais cantar Quando ouço o instrumento Jamais me posso calar Agora que vou cantar Dói-me as pernas, não a barriga O velho não vai estudar Para aqui vir cantar cantigas. Mas já não tenho companheiro Ó rapaz já estou velhinho Vai a (???) verdadeiro Eu 'tou sempre a cantar sozinho.
6.
Caracol 03:00
A vida do caracol É uma vida arrastada, Anda com a casa às costas Onde quer faz a morada. Caracol, caracol tu pensas Que sempre vais escapar, Mas qualquer dia é de noite Por certo vais-te enganar. O caracol é velhaco Só sabe é praticar o mal. De noite vai-me ao tabaco E às couves do quintal. Eu já vi um caracol A subir uma parede, Ao depois veio o sol Caiu morto de sede. Caracol, caracol tu pensas Que sempre vais escapar, Mas qualquer dia é de noite Por certo vais-te enganar.
7.
Bela Aurora 04:09
A Bela Aurora da serra, Não sei como não tem medo, Faz a cama e dorme só, Debaixo do arvoredo. A Bela Aurora chorava, Ela no pranto dizia, Já me morreu o meu bem, Já não tenho companhia. A Bela Aurora é prendada, Como outra inda não vi, Lembra-me a minha amada, Que há muito tempo perdi. Encontrei a Bela Aurora, Sentada no meu jardim, Vestida de prata e oiro, A colher contas pr'a mim. Quem te disse, Bela Aurora, Que eu te queria largar, Se bendita foi a hora Que te principiei a amar? Apalpei o lado esquerdo, Não achei o coração, De repente me lembrou, Que estava na tua mão. Suspiro por ti, meu bem, Mas que vale suspirar? Quanto mais por ti suspiro, Menos te posso lograr.
8.
Santiana 04:29
Ó que vida regalada Bilrou - ou, ou, ou Quero levar este verão Dobrado eu Dobrado eu, censura Atrás de uma baleia Irou - ou, ou, ou Com meu reminho na mão Ai quando eu Ai quando eu, mesura O vento norte brandinho Bilrou - ou, ou, ou Faz andar o mar picado Dobrado eu Dobrado eu, censura Faz andar o marinheiro Irou - ou, ou, ou Sobre o convés enjoado Ai quando eu Ai quando eu, mesura
9.
O Bravo 03:17
10.
As Vacas 03:32
Ao passar pelas vossas vacas Mamei leite nas tetinhas Sant'Antão vos guarde as vacas Mais às vossas bezerrinhas Ai, ai, que venho das vacas Ai, ai, que das vacas venho Ai, ai, que venho do leite Ai, ai, que eu do leite venho Ao passar pelas vossas vacas Mamei leite deu-me sono Sant'Antão vos guarde as vacas Mais a vós que sois seu dono Ai, ai, que venho das vacas Ai, ai, que das vacas venho Ai, ai, que venho do leite Ai, ai, que eu do leite venho Mandei o meu boi às vacas Filho da vaca brasida Agora nem boi nem vacas Que será da minha vida Ai, ai, que venho das vacas Ai, ai, que das vacas venho Ai, ai, que venho do leite Ai, ai, que eu do leite venho

about

"O Experimentar Na M'Incomoda" é o primeiro disco desde projecto que mergulha no cancioneiro tradicional dos Açores para tentar criar um disco de sensibilidades pop contemporâneas e mais arrojadas.

credits

released November 11, 2010

Produção e Arranjos – Pedro Lucas
Mistura, Masterização e Gravação – António Bragança
Gravação de Voz, Zeca Medeiros – Raúl Resendes
Processamento Vozes (1,7) – Luís Varatojo

Músicos:
Carlos Medeiros: voz (9)
Jácome Armas: didgeridoo (5), palmas e estalos de dedos (3)
José Medeiros: voz (5)
Lars Schmidt - Estalos de dedos
Miguel Machete: voz (3, 7, 9), segunda voz (7)
Pedro Gaspar: contra-baixo (3), viola caipira (5), segunda voz (7)
Pedro Lucas: sequenciação, sampling, sintetizadores, guitarra eléctrica, guitarra acústica, baixo, percussões

"Rema" e "As Vacas" com samples retirados do disco “O Cantar Na m’Incomoda” de Carlos Medeiros (1998).

"Fiando o Linho", "Foliões" e "Os Bravos" com samples retirados do disco “Tradições Orais – Corvo, S. Jorge e Terceira”, recolhas de Paulo Henrique Silva.

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Experimentar Na M'Incomoda Açores, Portugal

O Experimentar Na M'Incomoda é um projecto de recriação de temas tradicionais da música Açoriana onde vale praticamente tudo / O Experimentar Na M'Incomoda is a recreation of Azorean folklore without any sort of boundaries.

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